Jovens Herois de Shaolin - Flasback
Olá a todos,
A série "Jovens Heróis de Shaolin"encantou muitos jovens que viveram na década de 80 como eu e levou-os a começar a praticar artes marciais. Alguns deles tornaram-se, inclusive, Mestres de Kung Fu. Foi também o meu caso.
Esta série foi realizada em Hong Kong em 1981 e foi um sucesso por todo o lado já que aliava o Kung Fu ao humor. Os atores eram os jovens Shek Sau no papel de Hei Kun, Cecília Wong Hang Sau, a menina bonita da série e Stephen Tung Wai no papel de Fon Say Hoc, o tipo que só fazia asneiras e que fazia rir toda a gente.
Foi também este ator que entrou no filme de Bruce Lee "Enter the Dragon" como o rapaz a quem Bruce pede para dar um pontapé. Só reparei há pouco tempo que era o mesmo ator.
A ação passava-se na China Antiga da dinastia Qing, uma altura de repressão e de muita proibição. Foi uma época onde a Medicina Tradicional Chinesa chegou a estar proibida, sendo as agulhas de acupuntura usadas como método de tortura e não de saúde. Por isso, surgiram muitos dissidentes do sistema, jovens que criaram organizações secretas como a "Lotus Branco". O objetivo era destituir os Qing e restaurar os Ming (a dinastia anterior).
E foi neste contexto que surgiu o Wing Chun - uma arte marcial para fazer uma revolução. Uma das atrizes nesta série chama-se precisamente "Wing Chun".
Naquela altura, eu não entendia o contexto da série nem sabia nada sobre a história da China. Hoje é mais fácil compreender certas coisas, após ter visto os episódios mais de 50 vezes! Mas, na altura isso também não era importante. O importante era a emoção de ver o mauzão a lutar contra os atores principais e contra os mestres do templo de Shaolin! E por isso, eu fechava todas as janelas lá de casa e fazia uma espécie de cinema onde nada nem ninguém podia interromper a sessão.
Como resultado, todos os que assistiam aos episódios ficavam loucos com aquelas peripécias e técnicas. E depois, havia a tentativa de imitar os movimentos. O problema, é que quando não se sabe nada, sai tudo à sorte. E quem pagava as favas era a minha irmã!
E o tema do genérico? Bem, essa música era um fenómeno e assentou na série como uma luva. Giro era tentar cantá-la em Cantonês sem saber uma única palavra do que eles diziam! No meu caso, cheguei a gravá-la numa cassete para poder escrever (à minha maneira) cada palavra da música.
Deixo um link para o tema: https://www.youtube.com/watch?v=u_wT8Dk1jBQ
Muitos anos depois, por volta de 2006 encontrei esta série à venda - 5 DVDs, 20 episódios. Que alegria poder rever os episódios de novo, sem ter que esperar mais 8 dias para continuar a ver o episódio seguinte!!
Este post é para todos os que viveram nesta época e deliraram com esta série.
Abraço e até breve,
Lio Monk
A série "Jovens Heróis de Shaolin"encantou muitos jovens que viveram na década de 80 como eu e levou-os a começar a praticar artes marciais. Alguns deles tornaram-se, inclusive, Mestres de Kung Fu. Foi também o meu caso.
Esta série foi realizada em Hong Kong em 1981 e foi um sucesso por todo o lado já que aliava o Kung Fu ao humor. Os atores eram os jovens Shek Sau no papel de Hei Kun, Cecília Wong Hang Sau, a menina bonita da série e Stephen Tung Wai no papel de Fon Say Hoc, o tipo que só fazia asneiras e que fazia rir toda a gente.
Foi também este ator que entrou no filme de Bruce Lee "Enter the Dragon" como o rapaz a quem Bruce pede para dar um pontapé. Só reparei há pouco tempo que era o mesmo ator.
A ação passava-se na China Antiga da dinastia Qing, uma altura de repressão e de muita proibição. Foi uma época onde a Medicina Tradicional Chinesa chegou a estar proibida, sendo as agulhas de acupuntura usadas como método de tortura e não de saúde. Por isso, surgiram muitos dissidentes do sistema, jovens que criaram organizações secretas como a "Lotus Branco". O objetivo era destituir os Qing e restaurar os Ming (a dinastia anterior).
E foi neste contexto que surgiu o Wing Chun - uma arte marcial para fazer uma revolução. Uma das atrizes nesta série chama-se precisamente "Wing Chun".
Naquela altura, eu não entendia o contexto da série nem sabia nada sobre a história da China. Hoje é mais fácil compreender certas coisas, após ter visto os episódios mais de 50 vezes! Mas, na altura isso também não era importante. O importante era a emoção de ver o mauzão a lutar contra os atores principais e contra os mestres do templo de Shaolin! E por isso, eu fechava todas as janelas lá de casa e fazia uma espécie de cinema onde nada nem ninguém podia interromper a sessão.
Como resultado, todos os que assistiam aos episódios ficavam loucos com aquelas peripécias e técnicas. E depois, havia a tentativa de imitar os movimentos. O problema, é que quando não se sabe nada, sai tudo à sorte. E quem pagava as favas era a minha irmã!
E o tema do genérico? Bem, essa música era um fenómeno e assentou na série como uma luva. Giro era tentar cantá-la em Cantonês sem saber uma única palavra do que eles diziam! No meu caso, cheguei a gravá-la numa cassete para poder escrever (à minha maneira) cada palavra da música.
Deixo um link para o tema: https://www.youtube.com/watch?v=u_wT8Dk1jBQ
Muitos anos depois, por volta de 2006 encontrei esta série à venda - 5 DVDs, 20 episódios. Que alegria poder rever os episódios de novo, sem ter que esperar mais 8 dias para continuar a ver o episódio seguinte!!
Este post é para todos os que viveram nesta época e deliraram com esta série.
Abraço e até breve,
Lio Monk
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